Torguiana

foto:internet
LÍRICA

No meu jardim aberto ao sol da vida,
...Faltavas tu, humana flor da infância
Que não tive...
E o que revive
Agora
À volta da candura
Do teu rosto!
O recuado Agosto
Em que nasci
Parece o recomeço
Doutro destino:
Este, de ser menino
Ao pé de ti...
NIRVANA
Paz das montanhas, meu alívio certo.
O girassol do mundo, aberto,
E o coração a vê-lo, sossegado.
Fresco e purificado,
O ar que se respira.
Os acordes da lira
Audíveis no silêncio do cenário.
A bem-aventurança sem mentira:
Asas nos pés e o céu desnecessário.
Hora de Abandono
Não dizer nada, chorar.

Chorar como uma criança
Que já não tem confiança
No próprio Deus da doutrina.
Não dizer nada, chorar
Até o pranto coalhar
Na lucidez da retina.
                                                                                                    In Antologia Poética


ao entardecer

fotos: Mafaldinha
a casa