Vem jogar às escondidas, lembras?
É um jogo de crianças
e nós que somos, afinal?
Eu queria ser criança no teu sonho
para me lamberes as feridas do joelho e do coração...
Vem! Lá jogamos às escondidas,
uma vez apenas ...
Eu deixo que escondas a tua boca
nos meus lábios
e assim permanecemos escondidos, eu e tu!
sábado, 31 de agosto de 2013
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Doce de tomate
Que bom é estar de férias e haver tempo para divagar, para fazer ou não fazer. É realmente um prazer ir para a cozinha fazer coisas saborosas, que são mais saudáveis que aquilo que se compra, que fazem tão bem à alma...
A minha avó gostava de fazer doces, de muitas variedades. Começava pelas cerejas e apenas terminava quando os figos já secos iam para os sacos de sarapilheira para durante o inverno servirem de mata bicho dos trabalhadores das vinhas e do meu avô.
E ela dizia muitas vezes que no tempo do tomate, a mulher é sempre boa cozinheira. À época eu não entendia, mas agora dou-lhe razão, com tomate fazem-se ótimos petiscos.
Hoje aproveitei, ser o último dia de férias e para gastar o cesto de tomates que trouxe de casa da minha mãe, fazer um pouco de doce.
Assim ainda dá tempo para no fim de semana poder entregar aos amigos um pequeno frasco e para nos deliciarmos com tão divino prazer.
1 Kg de tomate sem pele e retirando a maior parte das grainhas
750 gr de açucar
1 pau de canela
2 cravos da india
raspa de um limão ou de uma laranja
Leva-se ao lume numa panela larga e deixa-se ferver em lume brando, mexendo de vez em quando, até tomar ponto de estrada
(ponto de estrada: coloca-se um pouco de doce num prato e depois passa-se a colher pelo meio. Se o doce separar, atingiu o ponto de estrada)
Deita-se em frascos limpos e secos, enquanto quente e tapam-se de seguida. Deixam-se os frascos de um dia para o outro virado para baixo, para ganharem vácuo e o doce durar mais tempo!
Bom apetite!
A minha avó gostava de fazer doces, de muitas variedades. Começava pelas cerejas e apenas terminava quando os figos já secos iam para os sacos de sarapilheira para durante o inverno servirem de mata bicho dos trabalhadores das vinhas e do meu avô.
E ela dizia muitas vezes que no tempo do tomate, a mulher é sempre boa cozinheira. À época eu não entendia, mas agora dou-lhe razão, com tomate fazem-se ótimos petiscos.
Hoje aproveitei, ser o último dia de férias e para gastar o cesto de tomates que trouxe de casa da minha mãe, fazer um pouco de doce.
Assim ainda dá tempo para no fim de semana poder entregar aos amigos um pequeno frasco e para nos deliciarmos com tão divino prazer.
1 Kg de tomate sem pele e retirando a maior parte das grainhas
750 gr de açucar
1 pau de canela
2 cravos da india
raspa de um limão ou de uma laranja
Leva-se ao lume numa panela larga e deixa-se ferver em lume brando, mexendo de vez em quando, até tomar ponto de estrada
(ponto de estrada: coloca-se um pouco de doce num prato e depois passa-se a colher pelo meio. Se o doce separar, atingiu o ponto de estrada)
Deita-se em frascos limpos e secos, enquanto quente e tapam-se de seguida. Deixam-se os frascos de um dia para o outro virado para baixo, para ganharem vácuo e o doce durar mais tempo!
Bom apetite!
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
A noite desce, suave, quente e doce
e quando apenas vejo o brilho das estrelas
queria contemplar o teu olhar, aquele que eu conheci
mesmo povoado de mentiras, o que interessa é a única verdade
e essa vive longe do sonho, nem tu a sonhas nem eu a contemplo ...
Quando me chamas de amor, não sou eu
é o teu sonho, a minha voz não é a minha voz,
é aquela que queres ouvir, sem nome, mas no sonho
aquele que sonhas e transformas para ti, lá onde há lonjuras
e vulcões incandescentes de calor e vida, mas sem mim...
O teu sonho já me pertenceu e agora apenas sinto dor,
a alma gelou e o coração fechado guarda o calor que deixaste
não quero saber dos beijos que não me dás,
e as promessas que ficaram esquecidas debaixo do pó
morrerei à míngua do teu abraço, antes das lágrimas secarem...
As rosas eram para ti, agora vou amarrotá-las uma a uma
os poemas que te escrevi na linha da mão e que tu nem leste,
para quê guardá-los em papel de seda
se os vais rasgar novamente quando acordares ...
enlouquecerão as horas e os ponteiros e eu tenho saudade ...
e quando apenas vejo o brilho das estrelas
queria contemplar o teu olhar, aquele que eu conheci
mesmo povoado de mentiras, o que interessa é a única verdade
e essa vive longe do sonho, nem tu a sonhas nem eu a contemplo ...
Quando me chamas de amor, não sou eu
é o teu sonho, a minha voz não é a minha voz,
é aquela que queres ouvir, sem nome, mas no sonho
aquele que sonhas e transformas para ti, lá onde há lonjuras
e vulcões incandescentes de calor e vida, mas sem mim...
O teu sonho já me pertenceu e agora apenas sinto dor,
a alma gelou e o coração fechado guarda o calor que deixaste
não quero saber dos beijos que não me dás,
e as promessas que ficaram esquecidas debaixo do pó
morrerei à míngua do teu abraço, antes das lágrimas secarem...
As rosas eram para ti, agora vou amarrotá-las uma a uma
os poemas que te escrevi na linha da mão e que tu nem leste,
para quê guardá-los em papel de seda
se os vais rasgar novamente quando acordares ...
enlouquecerão as horas e os ponteiros e eu tenho saudade ...
Fotos: Mafaldinha |
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Fragas e montes
O Douro sussurra-me um até breve e uma saudade aninha-se no meu peito.
Regressarei novamente ávida de fragas e de socalcos,
de esteva e de urze e do cheiro das casas ao fim da tarde nas aldeias
quando voltar, as noites serão frias e eu sem me aquecer.
Guarda um pouco deste estio para me ofereceres num abraço.
Não importa o dia, apenas que seja no dia em que esse abraço seja apenas
meu e teu
Foto:Mafaldinha |
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Na sombra dos dias
Deixa-me sonhar contigo pois pensar em ti apenas é pouco.
É na sombra do amieiro, sentada na folhagem fofa e seca que me abraças
e na ausência molhaste-me o vestido quando apanhávamos agriões da
ribeira
e a sopa ficará uma delicia. Fiz uma sobremesa divina a que vais
sucumbir
os ovos moles embrulhados na massa folhada como sei que gostas tanto!
É apenas hoje, amor, para celebrar o sonho, que foi surgindo
inesperado, talvez inevitável, por isso mais desejado e inesquecível.
Espero por ti, quando o dia finda, até ao fim de todos os dias,
até dos dias que não são meus...
Quero-te, mas quero-te feliz, quero a tua alegria a irradiar de
ti, saltando dos teus olhos,
jorrada do coração em madeixas de doçura
mesmo que não me seja destinada, mas que seja tua! Foto:Mafaldinha |
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Desafios
Obviamente é óbvio
- Vais à praia?
-Óbvio que sim!.
-Com quem?
-Com a maralha, é óbvio! Queres vir?
- Não posso, trabalho ...
- Obvio! Tás sempre a trabalhar.
- A vida é assim, quando se assume uma responsabilidade temos que ser coerentes.
- Já sabia! É óbvio que para ti o trabalho é primordial. Curte a vida, pá! Obviamente que ela é breve e temos que a saborear enquanto jovens!
-Como se fosse um tique, é óbvio que um dia te passará
Desafio nº 48 - escrever uma história com 77 palavras, em que uma das personagens tem um tique de linguagem
publicado em http://www.77palavras.blogspot.pt/
Terapia
Enquanto me divirto a arranjar os quebra cabeças para as 77 palavras, vou ouvindo música. A Norah Jones procuro-a muitas vezes, pela calma que me inspira, com a sua voz meiga e melodiosa. As letras e as músicas dos seus álbuns dão-me sempre motivo de inspiração
- Vais à praia?
-Óbvio que sim!.
-Com quem?
-Com a maralha, é óbvio! Queres vir?
- Não posso, trabalho ...
- Obvio! Tás sempre a trabalhar.
- A vida é assim, quando se assume uma responsabilidade temos que ser coerentes.
- Já sabia! É óbvio que para ti o trabalho é primordial. Curte a vida, pá! Obviamente que ela é breve e temos que a saborear enquanto jovens!
-Como se fosse um tique, é óbvio que um dia te passará
Desafio nº 48 - escrever uma história com 77 palavras, em que uma das personagens tem um tique de linguagem
publicado em http://www.77palavras.blogspot.pt/
Foto:Mafaldinha |
Terapia
Ela diz que sempre que pode dá uma volta ao bilhar grande.
Vai pela berma e em passos curtos e certos cumpre a bula do
doutor.
Andar duas horas na beira do rio é como um sonho de águas
claras em dia de nuvens densas.
Pasta os olhos no prado verde, seduz o brilho do sol que
poisa na água, brinca com os patos na margem
e sonha por uma manhã sem temer de novo o amor.
Desafio nº44 - Escrever um texto com 77 palavras, apenas com palavras de uma ou duas sílabas.
Publicado em: http://www.77palavras.blogspot.pt/
Pezinhos de coentrada
Publicado em: http://77palavras.blogspot.pt/Publicado em: http://www.77palavras.blogspot.pt/
Foto:Mafaldinha |
Pezinhos de coentrada
É verão e junto ao rio soam as vozes joviais de timbre
cristalino. Eu rio sozinha olhando o
infinito. O petisco está quase pronto e para o molho ficar mais aromatizado, nada como um molho de coentros bem picadinhos. Imagino já o comentário, quando
virem a travessa fumegante soltando o aroma intenso e a abrir os apetites
vorazes:
-Como és sábia a adivinhar a vontade de petiscar …
-Até eu sabia que pensarias nos pezinhos de coentrada!
Desafio nº 47 - escrever um texto com 77 palavras em que é obrigatório usar três pares de palavras que tenham a mesma grafia mas que, mudando ou retirando a acentuação, ou até não alterando nada, têm significados diferentes.
Foto:Mafaldinha |
Enquanto me divirto a arranjar os quebra cabeças para as 77 palavras, vou ouvindo música. A Norah Jones procuro-a muitas vezes, pela calma que me inspira, com a sua voz meiga e melodiosa. As letras e as músicas dos seus álbuns dão-me sempre motivo de inspiração
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Canção de embalar
Fico refém do sono a cada suspiro
e no silêncio do nada emudeço um grito,
embalo o coração até ficar entorpecido
e canto para afastar a aragem morna das teias dos dias,
na claridade das horas mesmo quando cai a escuridão.
Porque me lês nas entrelinhas de olhos fechados
e descobres até aquilo que eu não pensei,
nem a lua nem o céu o imaginam.
Está na essência de cada sorrir e é só teu,
embala-me também a mim, para sentir a cadência
do teu coração. Adormece-me até ao amanhecer,
para ficares no meu sonho desde a eternidade...
e no silêncio do nada emudeço um grito,
embalo o coração até ficar entorpecido
e canto para afastar a aragem morna das teias dos dias,
na claridade das horas mesmo quando cai a escuridão.
Porque me lês nas entrelinhas de olhos fechados
e descobres até aquilo que eu não pensei,
nem a lua nem o céu o imaginam.
Está na essência de cada sorrir e é só teu,
embala-me também a mim, para sentir a cadência
do teu coração. Adormece-me até ao amanhecer,
para ficares no meu sonho desde a eternidade...
Foto:Mafaldinha |
domingo, 11 de agosto de 2013
Porto
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Farol
Prescrevo silêncios
Tomo solidão
demoro lá fora
Esqueço a companhia
para me ausentar
de ver pirilampos
Escondo-me de ti
emudecida de sons
escrevo palavras para te ver
Abraço o vazio
porque queria tudo
e nada é o que me resta
No rosto salgado
de lágrimas enxuto
cai noite aqui dentro
Terei que ser forte
vencer na tormenta
e sorrir sempre
Fecho os olhos
e vejo tudo o que sonho
nunca vai passar dele
Tomo solidão
demoro lá fora
Esqueço a companhia
para me ausentar
de ver pirilampos
Escondo-me de ti
emudecida de sons
escrevo palavras para te ver
Abraço o vazio
porque queria tudo
e nada é o que me resta
No rosto salgado
de lágrimas enxuto
cai noite aqui dentro
Terei que ser forte
vencer na tormenta
e sorrir sempre
Fecho os olhos
e vejo tudo o que sonho
nunca vai passar dele
foto:internet |
domingo, 4 de agosto de 2013
Regressar
A casa que mora em ti
hoje volta a sentir o calor
o murmúrio das vozes sussurradas
os passos que deambulam no corredor.
Tudo está no seu sítio
os livros, o conforto, as lembranças e o cheiro
É sempre o cheiro! Sente-se o regresso ao lar
pelo perfume que levamos dentro
E as rosas, vais rever as rosas e vais saber que são as tuas
A casa hoje olha-te com o teu olhar
Porque quando no regresso
é ela que nos abraça e nos conforta
desse olhar perdido no oceano!
E quando as estrelas acenderem a sua luz
É nas águas de prata do rio que verás o seu brilho
Estão lá todas a acenar as boas vindas
quase a morrerem de saudades tuas
E eu!
hoje volta a sentir o calor
o murmúrio das vozes sussurradas
os passos que deambulam no corredor.
Tudo está no seu sítio
os livros, o conforto, as lembranças e o cheiro
É sempre o cheiro! Sente-se o regresso ao lar
pelo perfume que levamos dentro
E as rosas, vais rever as rosas e vais saber que são as tuas
A casa hoje olha-te com o teu olhar
Porque quando no regresso
é ela que nos abraça e nos conforta
desse olhar perdido no oceano!
E quando as estrelas acenderem a sua luz
É nas águas de prata do rio que verás o seu brilho
Estão lá todas a acenar as boas vindas
quase a morrerem de saudades tuas
E eu!
Foto:internet |
sábado, 3 de agosto de 2013
Acordar
Deixa que amanheça devagar
os pássaros não têm pressa
em fazer o ninho
Devagar constroem-no com ternura
Na vagareza de juntar o tempo
em que ficamos juntos
num ninho que é só nosso
dentro do tempo em que frutos amadurecem
sempre que voltas eu amanheço
os pássaros não têm pressa
em fazer o ninho
Devagar constroem-no com ternura
Na vagareza de juntar o tempo
em que ficamos juntos
num ninho que é só nosso
dentro do tempo em que frutos amadurecem
sempre que voltas eu amanheço
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Agosto
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