Eu tenho um duende.
Estava a ler uma história de duendes. Há uma imensidão de histórias e lendas, sobre estes seres pequenos, capazes das maiores maldades e das maiores atitudes de generosidade, travessos, cheios de alegria, adoram festas e músicas e a quem são conhecidos apetites insaciáveis, alguns avaros, outros extremamente generosos, com poderes mágicos, quase imortais. Gostam de pregar partidas e esconder coisas em lugares inimagináveis, onde constroem mundos invisíveis ou visíveis apenas com que os partilham. Embora sempre prontos para brincadeiras são trabalhadores, inteligentes, dedicados e não recusam esforços a ajudar quem os protegem ou quem faz parte do seu mundo animado, sensíveis e sensibilizados pela natureza e pelo sofrimento alheio. A palavra duende crê-se que teve inicio na província espanhola da Cornualha.
«É uma alusão à descrição mais comum do personagem: na maioria das histórias, o duende é um espírito, na forma de anãozinho verde, que vive dentro de casa. Se recebe um bom presente, pode até ajudar no trabalho. Quando contrariado, apronta várias travessuras»
Magnodum: Duende da Magia
Tende: Duende da Sorte
Dunaz: Duende da Natureza
Dulei: Duende da Alegria
Duendo: Duende da União
Refletindo, dei comigo a encontrar o meu duende preferido. Aquele que me provoca quase sempre, aquele que me compreende na distância, aquele que me protege das nuvens negras, aquele que me faz maldades quando se zanga ou se acha esquecido. Talvez todos tenhamos um duende escondido nas nossas vidas. Eu tenho um, delicioso quase sempre, malvado por vezes, a quem dei o nome de Duende da fiscalidade.
Por vezes peço-lhe o impossível, por vezes pretendo dar-lhe tudo o que sonho, por vezes ele esconde-se de mim, por vezes sinto o seu altruísmo para comigo. Adoro o meu duende mágico e não sei o que seria de mim sem ele, qual princesa encantada na floresta. Apenas quero continuar a sentir o teu pó mágico em mim.
@Maça de junho