Coimbra, 9 de Janeiro de 1979.
MUSA
Se vens, perco a razão...
E digo o que não quero.
Se não vens, desespero
E gasto o coração
A desejar-te.
Ah, como é difícil a arte
De te ser fiel!
E como é cruel
A tua tirania!
Noite e dia
Pregado
A um madeiro sagrado
De amargura.
Duramente sujeito,
Ou então contrafeito
Na minha liberdade sem loucura.
MUSA
Se vens, perco a razão...
E digo o que não quero.
Se não vens, desespero
E gasto o coração
A desejar-te.
Ah, como é difícil a arte
De te ser fiel!
E como é cruel
A tua tirania!
Noite e dia
Pregado
A um madeiro sagrado
De amargura.
Duramente sujeito,
Ou então contrafeito
Na minha liberdade sem loucura.
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