Está frio e o inverno teima em permanecer.
A chuva embala o cinzento dos dias
E molha na solidão do vento os vidros
transparentes e sem brilho
Pela janela observo: lá fora tudo é triste
As árvores não renascem, despidas que estão da seiva da vida
As águas do rio, castanhas correm em remoinhos traiçoeiros
Este rio que é verde quando o sol brilha
E sobre ele se debruçam os braços do vidoeiro.
As gaivotas abrem as asas querendo abraçar o mundo
E mergulham velozes nas aguas barrentas quando surge um peixe
O meu coração mirra à mingua de um sentir perdido
Que não coube nesse coração
E nem a nudez da palavra sabe exprimir
Foto:Mafaldinha |
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