sábado, 7 de setembro de 2013

Doce de papaia

Mãos amigas presentearam-me uma papaia vinda diretamente de Moçambique. Também conhecida por mamão. Bem madura e de cores bonitas era enorme. Fiquei com pena que se estragasse e como o prazer se perderia ao comer de empreitada um fruto tão saboroso e proveniente de tão bonito e simpático gesto comecei logo a matutar a forma de o fazer aguentar ou de lhe retirar as máximas potencialidades que decidi fazer um pouco de doce. 

Nunca tinha feito doce de papaia, nem sequer tinha provado, mas achei que não ficaria mal de todo.
Descasquei metade do fruto e retirei-lhe as sementes do interior. Cortei em pedaços pequenos e finos. 

Coloquei numa panela com metade do peso de açucar, reguei com um pouco de sumo de limão e levei ao lume brando. 
Acrescentei raspa do limão e coloquei um pau de canela. 

Sem saber muito bem o resultado que daria, vim à internet procurar receitas. Todas iam no sentido da receita por mim inventada, mas algumas acrescentavam um pouco de água aos ingredientes. Assim fiz e eis que saiu um doce maravilhoso. 
Ficará uma delicia na companhia de um bom requeijão de ovelha ou de um queijo curado de ovelha ou de cabra. Já me imagino nesta fase da degustação.
Uma textura muito suave, uma cor laranja forte linda e de sabor excelente. Transporta-me para terras africanas, não sei, uma sensação de percorrer a savana e encontrar um oásis, talvez! Ou então um lanche servido numa varanda de madeira, com o pôr-do-sol em frente, da cor do doce e a sentir o cheiro da terra molhada! Na mistura de ingredientes e na minha imaginação percorro o mundo enquanto sonho com as delícias de um amanhã perfeito.



Receita:
800 gr de polpa de papaia cortada em pedaços finos
400 gr de açucar
raspa de um limão e um pouco de sumo
1 pau de canela
um copo de água

Numa panela levar ao lume os ingredientes em lume brando, mexer de vez em quando para que a fruta coza toda dentro da calda e fique mais suave.
Está no ponto quando colocar uma colher de doce num prato passar uma colher no meio e ele não fechar (ponto de estrada).
Colocar em frascos limpos e secos, enquanto quente, e tapar. Deixar voltado para baixo de um dia para o outro para ganhar vácuo.


Na hora de servir além do queijo/requeijão vou ter o cuidado de juntar também uma tacinha com nozes em metades. Acho que será uma combinação irresistível!

Sabendo ser feliz com pouco é mais fácil contornar os dissabores da vida ...





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