terça-feira, 15 de outubro de 2013

O boião mágico

Venho falar de um livro que me fascinou. Um livro infantil. Eu leio livros infantis. Leio muitos, muitas vezes. Tenho um filho e se quero saber conversar com ele sobre o que aprende, sobre aquilo que o perturba, ou sobre aquilo que desconhece, tenho que saber o máximo sobre o que ele faz, vive e aprende. Partilhamos brincadeiras, livros e histórias e assim eu continuo a sonhar como menina inocente e protegida do mundo, e ao mesmo tempo sinto-me mais segura para poder contrariar ou apoiar o filho.

Com uma criança em casa, os livros infantis proliferam,  assim como os legos, os puzles, as bolas e os carrinhos. Para tudo há os seus momentos e o certo é que nos divertimos imenso (eu e ele) em ser assim.

Agora deparo-me com uma criança que lê compulsivamente. Ando um pouco à toa, porque acho que lê demais, mas não posso censurar a atitude, porque posso desmotivá-lo da leitura. Andaremos e veremos. Fomos reforçar o nosso stock de livros e achamos por bem comprar este de que vou falar. O filho comentou o seguinte: -levamos, mãe e se for muito infantil, oferecemos no Natal a uma criança!

Descubro também a forte consciência social desta criança e fico perturbada.
Mas voltando ao livro, eis que já nos apaixonamos por ele. Quando pergunto ao filho se o podemos oferecer, ele responde: - Este fica para mim, podemos comprar mais...

O livro é uma ternura. É um livro de coragem, de pensamento em movimento, de reciclar, de proteger o meio ambiente, de afeto, do medo e da tristeza e de estratégias para reciclar o que pensamos, é um livro que ensina magia e é mágico. Foi escrito por mãos mágicas e por alguém com um coração imenso. A Margarida da Fonseca Santos é a rainha maga que apenas coloca no mundo a amizade, o carinho, o respeito pelos outros e por aquilo que se pode fazer aos outros. A Margarida é a amiga que todos gostamos de ter, e todos aqueles que tiverem um coração aberto aos sentimentos bons, ganham a amizade dela. Nós já a ganhamos, agora temos que trabalhar todos os dias para a continuar a merecer.








3 comentários:

  1. Querida Alda, comovo-me sempre quando descubro que os livros ganham vida na mente de outras pessoas. Empenhei-me muito nessa história porque acredito que falta saber fazer isto, reciclar os maus momentos e transformá-los em novos ensinamentos, não em desgostos. Toca-me especialmente o que aqui diz. Desde que nos encontrámos no meio das 77 palavras, a minha admiração por si, pela forma como vê e partilha a vida, tem crescido. E sim, estamos a falar de uma amizade, claramente, uma amizade feita de palavras e afectos. Bem haja pelo seu carinho, pelo sorriso, pela força. Deixo-lhe um enorme beijinho, extensivo ao núcleo de família que tem a sorte de a ter por perto

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    1. A nossa vida não se basta em si mesma, precisamos sempre do olhar do outro, para assim percepcionarmos melhorias, evoluções, ou seja maturidade. E é apenas isso que os amigos fazem e por isso a amizade é singular, e quando existe é recíproca, porque dá e recebe sem nada exigir. Connosco também é assim. Começamos por nos aceitar sem nos conhecermos e nasceu um grande respeito, agora que vimos o sorriso de cada uma, nasce a amizade.

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    2. Foi exactamente assim, Alda, muito obrigada pela amizade! Um beijinho

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