sábado, 25 de abril de 2015

Frágil papoila

Como a papoila que nasce no campo, frágil e tombando ao vento
Flor dormideira, ornamento que vai embelezando o mundo
Pela sombra agreste do rosto quando se fecha ao amor

No pátio da esperança, o sol aquece as lajes do chão
E ao lado do muro, tu cresce, ignorando o fim
Que será breve, de uma vida curta, esfumada num sonho;

As crianças brincam e correm alheias à beleza que guardas
Dão gritos de alegria, nesta primavera que avança
Para elas ainda há esperança no amanhã e liberdade nos gestos;

E tu deixa apenas que o brilho do dia adormeça
fechas os olhos e esperas a liberdade da rua
Ao cair da tarde, na brisa que a noite tece.

@Maça de junho
25 de Abril de 2015


 

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