terça-feira, 28 de abril de 2015

Na estrada

Sinto saudades de te encontrar algures
Entre uma carruagem e a brisa da manhã
Entre um abraço e sorrisos de ternura
Num aconchego perene, mesmo que seja finito,
Para novamente sentir o sentido da vida e viver.

Agora tudo não passa de um sonho
Daqueles que se deixam escorrer por entre os dedos
E vão fugindo como as borboletas esvoaçando.
O que importa se a fúria dos dias é como a maré;
Ou se as ondas continuam a morrer na areia...

Vou todos os dias acordar de novo
Para de novo chorar a ausência
E deixar perdida a inocência do amor
Que julgava encontrar nesse beijo
Que julgava guardar nas palavras que eram vãs

Agora é de noite e o escuro amedronta
A alma veste-se de negro e adormece a chorar
Lá fora no frio do orvalho já não teces palavras
Nem encontras o caminho do abrigo
Que se perdeu quando a carruagem avançou...

@Maça de junho

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