terça-feira, 29 de setembro de 2015

Outono

Tu bem sabes que sim, és motivo de inspiração, de admiração e de rebeldia. Tu bem sabes que nada do que faço é contra ti, mas o contrário não posso admitir, seres contra mim. O teu carisma e a tua capacidade de vencer derrotam montanhas. Mas há palavras que não uso. Há palavras cujo significado não conheço. Há palavras que não admito. Para mim as palavras servem para dizer o quanto amo, ou para dizer do deslumbramento que os olhos medem, ou para ficarem boquiabertas de espanto pela beleza. Mas há palavras que são silícios. Serei sempre uma maçã, doce, fresca, desejada.
És fonte de inspiração e de muitas outras coisas também. Até poderei ser acusada de plágio, mas a beleza deste outono, apenas a mim me pertence, mesmo que a tenhas sonhado noutros quadrantes:

Outono de folhas caídas, de sol envergonhado
Vidas descendentes em escadas percorridas
Sonhos desfeitos, por vezes sonhados e perdidos.
 Num ser que nasce velho
E se renova pelo espírito
Que o tempo de ser novo, já se foi.
@Maçadejunho
 
 

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