Sente o cheiro da terra molhada,
Aquele cheiro que inebria e que retrata as memórias da
infância
Pousa a tua mão sobre o meu peito
E recorda quando a tua mão segurava a minha
Na pressa de atravessar o jardim
Aquele jardim de tílias e ervilhas de cheiro
De magnólias e de campainhas azuis, onde as raízes da
araucária se embrenhavam
Como as veias que correm no nosso corpo
E latejam e pulsam como se tempestade que faz ruir os muros
Tal como o jardim que permanece verdejante e perfumado,
deixa que seja assim a tua vida,
Perfumada pelo inebriante aroma de um amor perfeito.
Não é sempre Inverno.
Deixa o sol afastar as nuvens para que o seu brilho e o seu
calor aqueça os nossos corações.
Para que sintamos a Primavera e com ela a esperança do verde
dos campos, do cantar de uma ave, do suave roçar do vento.
Já não chove, mas o jardim mantem a frescura de sempre, os
aromas mais puros que inebriam e consolam.
Sente a doçura do mel que a abelha procura na corola de um
beijo.
Mesmo que seja Verão,
O amor não tem estações, apenas um coração onde repousa e te
aguarda.
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