Quando estou sozinha, nunca estou só, faço companhia a mim mesma
Leio a minha alma, oiço o meu coração e sinto o quanto é belo viver
Quantas vezes no meio da multidão, me sinto só, desprotegida,
Desabrigada, vasculhada, intimamente destapada.
Aí fico na sombra calada e triste, ali para mim ninguém existe
Mas quando estou a ler, por vezes avanço nas páginas do livro
E vou folheando as folhas do coração onde se calam as palavras
E construo o meu próprio sonho, vivo o que leio e sonho o que vivo
Um oceano não separa, é água de afetos que beija o teu rosto
Porque nós somos de onde deixamos cair a chave do sonho
A chave que guarda os nossos segredos
Páginas de um livro desfolhado na vastidão da alma
Folhas de uma noite de manhã calma onde um sorriso arde
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