domingo, 12 de maio de 2013

Vazio

As palmas das mãos estão vazias como sempre
O rio esvaiu-se entre os dedos inseguros
nada preenche o que a ausência deixou
nem as noites são iluminadas pelas estrelas
nem os dias adormecem à noite para sonhar de novo.

Depois do preâmbulo há páginas em branco
e ninguém desenhou o caminho
nem preencheu os espaços que ficaram
é como ouvir uma sinfonia começando pelo rondó
sem conhecer a harmonia do andante

As forças da vida são um permanente campo de batalha
entre o ser e o querer, entre a alegria e a tristeza
entre o amar e o perder, entre nascer e morrer
viver dói, faz feridas e deixa cicatrizes
on ne badine pas avec l'amour tout jour


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