Quem me conhece, sabe que me mantenho no estado de mãe em permanência. É função que exerço nas vinte e quatro horas do dia e nas outras todas também. Como mãe abdico de ter vida própria, de fazer aquilo que mais gosto, privando-me de pequenos prazeres e até de ser feliz. Vivo outra forma de felicidade, que tem custos por vezes, mas tem recompensas e até agora não me arrependi de nada do que tenho feito nos últimos anos. Para mim ser mãe é ver o Phineas e Ferb repetidas vezes, é fazer de conta que acha o máximo o jogo de futebol na Playstation apenas para lhe agradar, é fazer luta de almofadas quando a vontade é de tomar um adalgur e dormir vinte horas seguidas, é deixar para de noite escuro para arrumar as roupas, é deixar acumular o pó nos móveis e ir para a cozinha fazer a pizza preferida dele, é ajudar a colar os cromos da caderneta dos animais e jogar futebol na praia quando apetece ler um livro.
Mãe é proteger, ensinar e dar confiança para crescer em segurança e responsabilidade e como ser humano. repreender sempre que seja necessário. Depois vêm as recompensas, um abraço apertado, dizer-nos que se é a melhor mãe do mundo. Perguntas como «onde vais hoje, tens alguma cerimónia?» ou «tens o cabelo bonito, ainda bem que foste ao cabeleireiro», pois temos a certeza que são palavras sinceras, e sentidas, não são de circunstância, nem por educação ou cordialidade, apenas.
Também sei que não ganho muitos adeptos nesta filosofia de vida, mas enquanto não estiver convencida que haja outro caminho melhor, posso não saber para onde vou, mas tenho a certeza que vou por aí.
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