A cada instante sou aquilo que escolho ser e cada vez que procuro e.e.cummings sou um pouco a Hannah do filme de Woody Allen (Ana e suas irmãs) um filme que aborda temas como a amizade e os relacionamentos que dela decorrem, e os conflitos amorosos que decorrem entre amizades e entre irmãos e familias e onde os desafios os fazem a cada momento repensar o seu papel na sociedade.
E o que é viver senão a cada momento nos inquietarmos, nos questionarmos sobre o que faço aqui, para que servirei, afinal? Como no poema algures haverá resposta, seja no silêncio, seja no desfolhar de uma nova primavera. A primavera que agora chega que não feche a beleza das rosas longe do alcance dos olhos de quem como eu alcança vislumbrar a vida nesse sentido frágil a ponto de poder partir a qualquer momento, como o amor, mesmo sabendo que o amor nunca morre
E o que é viver senão a cada momento nos inquietarmos, nos questionarmos sobre o que faço aqui, para que servirei, afinal? Como no poema algures haverá resposta, seja no silêncio, seja no desfolhar de uma nova primavera. A primavera que agora chega que não feche a beleza das rosas longe do alcance dos olhos de quem como eu alcança vislumbrar a vida nesse sentido frágil a ponto de poder partir a qualquer momento, como o amor, mesmo sabendo que o amor nunca morre
«algures aonde eu nunca viajei, alegremente além de
qualquer experiência, os teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frouxo há coisas que me prendem,
ou que não posso tocar de tão próximas que estão
o teu mínimo olhar há-de facilmente desprender-me
embora eu me tenha cerrado como dedos,
tu sempre me abres pétala a pétala como abre a Primavera
(tocando hábil, misteriosamente) a primeira rosa
mas se teu desejo for encerrar-me, eu e
minha vida fecharemos em beleza, de repente,
como quando o coração desta flor imagina
a neve em tudo cuidadosa descendo;
nada do que existe para ser sentido neste mundo iguala
o poder da tua extrema fragilidade:cuja textura
me submete com a cor dos seus domínios,
representando a morte e para sempre em cada alento
(eu não sei o que é que há em ti que fecha
e abre; apenas alguma coisa em mim entende
a voz dos teus olhos mais profunda que todas as rosas)
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