Há um ditado que diz que a minha casa é o meu mundo, e é mesmo verdade. Um mundo que me basta tantas vezes. Onde encontro o conforto do fim do dia, o aconchego ao adormecer, onde sonho impossíveis, onde construo sonhos e brincadeiras, onde recebo amigos e onde me escondo quando o terror do mundo me assusta.
O dia é de primavera, traz poesia no olhar e o timbre da música que me encanta no coração. Há certezas na vida que não precisam da mão humana para acontecer, e acontecem inexoravelmente quando têm que acontecer.
É preciso tratar das sementes para depois contemplar os aromas na minha varanda/terraço. É lá que o devaneio me encontra quando indecisa procuro a luz.
Este inverno provocou estragos avultados, não em termos monetários, mas afetivos. Os pratos pendurados na parede, partiram.se quase todos, ficaram apenas dois, tristes desamparados. Dois pratos da madeira, das casas de Santana, apenas!
Cairam as chaminés do Algarve, as pinturas de flores e de trigo, do Alentejo, a casa Transmontana, enfim do que restou vou tentar consertar o que tiver conserto, o restante substituirei...logo se vê!
Mas o meu espaço está pronto, para florir de novo, para crescerem os cravos túnicos e as cravinas, o cebolinho e a salsa, os morangos, o tomate e a courgete. Há dias em que o amor vem no calor do sol até quando os amores são imperfeitos.
E a música sempre ela!
http://youtu.be/TUhcgk8PjY0
@Maçã de junho
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