terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Hora Mediterrânea

Mediterrâneo azul, verso ondulado 
Que recito sem ler, quando a memória
No velho palco volta a ser menina.
Oração decorada e dividida
Entre a Grécia perdida
E a presença latina.
Lago discreto de nereidas nuas
Volúpia de mortais e de imortais.
Transparência celeste liquefeita
Num leito repousante onde se deita
O sol dos quatro pontos cardeais.
in Miguel Torga, Diário VII
@Maça de junho
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