sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pobres dos pobres de espírito e de sensatez

Aqueles cuja linha de pensamento poderia servir de exemplo, pela visibilidade pública que lhes é dada, são aqueles que utilizando essa mesma visibilidade dela abusam e retiram dividendos e benesses. Através do mais hediondo pensamento criam-se monstros que percorrem a nossa sociedade, desde a comunicação social, passando por todo o tipo de pessoa que sem escrúpulos se acha dona de toda a verdade. A dela própria. Um narcisismo sem precedentes, que qual erva daninha vai vingando e apodrecendo os valores que os mais antigos nos deixaram.

Não conheço este douto e afamado que na lisboeta de papel de mortalha imprensa vai escarrando as mais pobres e nefastas letras. É nojento e criminoso deixar alguém publicar tão vil pensamento. 
Esta publicação critica encontrei-a no Blogue Malomil, e estando em pleno acordo com o seu autor, aqui transcrevo:

«Não conheço pessoalmente o  advogado dr. Magalhães e Silva mas tenho todas as razões para supor que é um homem de bem.

 
         Não duvido, por isso, que irá pedir desculpas pelo texto que publicou no Correio da Manhã do passado domingo.

 
         Nesse texto, intitulado «Outra vez a Luísa?», o dr. Magalhães e Silva fala da doença que vitimou Luísa Guterres.

 
Depois, fala da doença oncológica de que padece Laura Passos Coelho.

 
A abrir, convém dizê-lo: antes de serem casadas com primeiros-ministros ou líderes políticos, Luísa e Laura são mulheres, pessoas com dignidade própria, seres humanos que lutaram e lutam contra uma doença fatal.      

 

 
Também eu quero crer que o dr. Magalhães e Silva não mediu bem as suas palavras ao insinuar a ignóbil possibilidade de terem sido os próprios António Guterres e a sua mulher a propalarem a notícia de que esta padecia de uma doença terminal.

 
Para que fins e com que objectivos o teriam feito, é algo que só o dr. Magalhães e Silva poderá esclarecer.   

 
         Depois, sobre a doença de Laura Passos Coelho, escreve o dr. Magalhães e Silva:

 

        

          Ou seja, o dr. Magalhães e Silva antecipa a morte de um ser humano que luta pela vida.

 

Apresenta Pedro Passos Coelho como viúvo, «um coitado», quando a sua mulher está viva – e a combater um cancro.     

 
         Não contente, o dr. Magalhães e Silva ousa dar conselhos a um ser humano sobre o «respeito» e o modo como este deve tratar a doença oncológica da sua mulher:

 


         Também nós esperamos isso, sem dúvida.

 
Mas, agora, neste preciso momento, o que esperamos mesmo é um pedido de desculpas do dr. Magalhães e Silva.

 
Ou melhor, dois pedidos de desculpas:  

− a António Guterres e aos seus filhos, e à memória da sua mulher;  

− a Pedro Passos Coelho, à sua mulher e aos seus filhos.



Já agora, também esperamos um pedido de desculpas aos leitores doCorreio da Manhã, onde certamente se incluem muitas empregadas de centros comerciais de todo o país.    


        Feito isto, continuarei a considerar o dr. Magalhães e Silva uma pessoa de bem, um homem íntegro que respeita o sofrimento alheio.  

 
Se nada fizer, passarei a encará-lo como aquilo que certamente não é: um vulgar canalha.

 

António Araújo»

@Maça de junho

 

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