Ir ao cinema, é ter companhia. O filme mesmo quando fraquinho, como neste caso, enche-me o espírito. Não sou critica de cinema, ninguém me paga para eu dizer bem ou mal, sou eu quem compra o bilhete de entrada, então posso escrever o que me vai na alma, sem preconceito. Já vi filmes geniais realizados pelo Woody Allen, este é normal, não tem grande história, são pequenas histórias, quatro histórias passadas em Roma e que não se cruzam entre elas, carregadas de ironia e grandes planos de uma cidade onde apetece ficar, para a qual apetece ir, na qual apetece ser feliz. Do filme tirei uma grande lição: por vezes sentimos-nos miseráveis e isso acontece quer quando somos uma grande celebridade ou quando somos explorados e utilizados para dar vida a um plano calculista. Mas a sê-lo aproveitemos então a fama! Também me permitiu refletir sobre as escolhas que fazemos e que apenas se tornam claras diante de nós com o decorrer do tempo . Alem do argumento escrito e realizado por si, ver Woody Allen como ator, para mim justifica todo o filme e é suficiente para me levar até ao cinema mais próximo ou mais distante. É irresistível ver aquele homem, pequeno, nada bonito, míope, já bastante careca, mas com um sentido de humor que não envelhece e com uma inteligência que transparece sempre em cada cena onde aparece e nos diálogos que trava. Nestes momentos o filme torna-se genial.
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