Escrevo antes do jogo decisivo para Portugal. Não tenho previsões. Aliás, não me interessa muito saber do resultado. Nem deste, nem dos restantes jogos do mundial. A mim apenas me interessa o futebol como desporto, e no desporto existem outras modalidades que me interessam tanto ou mais. E das quais a comunicação social não gasta os seus recursos a noticiar ou a promover. Mas o futebol move montanhas de dinheiro e de adeptos, isso bem o sabemos. Em cada um de nós há um seleccionador, um avançado que marca em qualquer situação, um defesa que está atento em todas as jogadas, um guarda redes capaz de defender qualquer lance. Só é mesmo pena que sejam outros os convocados que teimam em não nos ouvir nos momentos decisivos.
Vi apenas um jogo neste mundial (Alemanha-Gana). Vi um bom jogo de futebol, que é o que me interessa. Não vi nenhuma armada invencível na Alemanha, nem vi nenhuns pequenos Africanos.
E se Portugal regressar no fim da primeira fase, não será motivo para uma nova crise em Portugal, nem para novas medidas de austeridade, que essas existem apenas para os funcionários públicos.
Mas o regresso das cores lusas no final da primeira fase sem louros nem glórias será uma machadada fatal no orgulho nacional tão necessitado anda de algo que eleve a moral.
E a campanha por terras de Vera Cruz não se apresenta fácil, como não se apresentou em "dar ao mundo novos mundos" remontando ao seu achamento, a crer na carta de Pêro Vaz de Caminha, nos idos de 1500.
Agora não serão os Jesuítas, nem a avareza pelo ouro e prata, a julgamento serão o Pepe, pelas patetices que faz nos momentos cruciais. Esquecendo que já foi responsável por um europeu extraordinário, mas que cai em desgraça de quando em vez, lembrando que não é dos nossos. É um desenraizado! Mas caiu em desgraça apenas porque Portugal perdeu o jogo. Se tivesse ganho, ninguém teria reparado na atitude.
Embora não servindo de justificação, veremos que as equipas da velha europa regressarão sem honras nem glória (Itália, Espanha para inicio de contagem). Agora também já ninguém se lembra da vergonhosa França no mundial de Africa do Sul, que juntou em campo um grupo de arruaceiros e um treinador desautorizado.
É bom de ver que se trata de um campeonato onde vão brilhar os grupos da América Latina e os Africanos com garra, no palco onde precisam de ser idolatrados, para ganharem o passaporte para a velha europa, decadente, mas que ainda dá contratos milionários, dadas as condições atmosféricas, a preparação e a resistência física e a envolvente psicológica. Os europeus, esses aproveitam apenas para uns dias de sol e para passearem as suas imagens de marca e as marcas que os patrocinam pelos aeroportos brasileiros.
Boa sorte Argentina, Croácia, e Costa Rica.
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