quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Fato de carnaval



-Mãe já compraste o meu fato de Carnaval?
-Não! Ainda faltam muitos dias!
-Amanhã é dia um. Já só faltam sete para o carnaval da escola...
-Está bem! Já escolheste?
-Pode ser o Hulk, ou de tropa ou Ninja!
-O de Hulk é muito caro!
-Caro? Quanto custa?
- 33 euros.
-Diga 33! A Marta também avisa para dizer 33!
-Mas é quando estás doente...
-Então não quero esse. Não posso ficar doente, no carnaval. Escolho o Ninja!





Um desafio de histórias em 77 palavras

http://www.77palavras.blogspot.pt/


Sensivelmente a meio do texto, alguém terá de dizer:
– Diga 33!
Ou
– Diga, 33…
Ou
– 33? Diga!

Vá, divirtam-se!!!
Aqui estamos sempre a divertir-nos!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Memórias


Talhando na memória
Um sorriso de palavras
Escrevo para te dizer
O que fica neste enevoado silêncio
Queria ser a tua musa criadora,
Dizer o teu nome em todos os nomes que invento
Para me sentires a mim, apenas
E sentires a profundidade deste sentir,
Que me desnuda a alma.
Queria sentir-me também eu cuidada
Reservada do teu mundo que me esconde
Protegida e preservada dos outros caminhos
e de outras escolhas.
Há lugares que são só nossos, pois neles me revelei,
Te dei a conhecer o meu eu, destapei, mostrei e me abandonei 
em doce sonho de fantasia jamais provado
Como a pequena pedra encontrada na praia
e que cabe na tua mão, assim me tenhas
Como apenas tu me sabes ter


Foto:Mafaldinha

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Blogs do ano 2012





1° lugar na Categoria Língua Portuguesa


Histórias em 77 palavras

77palavras.blogspot.pt




Estão de parabéns as palavras e as ideias e o amor pelas letras com sentido
E as frases sem sentido que dão sentido à vida
Estão de parabéns todos aqueles que se juntam para partilhar formas diferentes de juntar as letras
Aqueles que de palavras fazem histórias sem medo
e aqueles que escrevem histórias para não ter medo 
Aqueles que vivem as histórias e aqueles que inventam as histórias que gostariam de viver
 Parabéns pelas 77 palavras

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O brilho dos dias

Viajo no sonho
E sonho na fantasia de cada ilusão
E vejo pássaros a voar no céu azul
E vejo as cores do arco íris
E vejo rosas vermelhas
E vejo o brilho dos dias
ímpares e saboreados 
Sinto a magia da escuridão da noite
Sinto o vibrar dos sentimentos dos amantes
Sinto afagos veementes
E sinto o quanto é maravilhoso viver



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um cálice de Porto

Subitamente
um brinde
com ou sem motivo
Há pequenos nadas que são muito
Ou apenas esboços
Da essência da vida ...

Fechando os olhos
Olhamos dentro de nós
E o medo da noite
afasta-se daqui
Apenas sentimos as estrelas
Que nos sorriem

Agora invade-me
Um calor
Como doce de uvas maduras
Aos teus tons de avelã me abandono
E os aromas do teu paladar
Me arrebatam os sentidos

Me sacio
Do teu mosto
De vinho tratado
Que é vintage e maduro
E fica um  pedaço de nós
No cálice do prazer

Adormeço
Tomando um beijo teu
Com sabor
E com cor do amor
De ti me alimento
Para beberes na minha pele


Vem outra vez
Com a tua loucura
Conhecer do meu corpo
Deixar um rasto de ti
Eu vou, pelas pulsões
Ás vezes doeu-me acordar


Foto:Mafaldinha


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Flor de lótus

Deixa-me flutuar e nas águas mais profundas de ti
Pousar a semente que guardo no fundo deste imenso
caudal de lava e mel, e à noite deixa-me fechar as pétalas
Para mergulhar dentro desse lago de desejos e
Segredos onde guardarei o calor que me invade e florescer em cada manhã
Límpida e suave em direção à luz do teu prazer. No teu hálito 
Conhecerei a voz do vento e os teus olhos me mostrarão o brilho do sol
E o esplendor da lua. Como uma flor de lótus abrindo-me para ti 
Ao desabrochar sobre a água num espírito mais alto e mais nobre
De te acolher no meu corpo e dentro da minha alma, possuir a pureza 
Com que sustente a loucura do teu saber
Ter toda a sabedoria para compreender a tua inteligência criadora
E o espírito irrequieto que te domina, o amor necessário 
Com que encher o teu coração de virtude, meditando 
E sentindo que mesmo passageiro será eterno.


Foto da Internet








segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Uma história verdadeira


Mais um desafio, mais 77 palavras em 



11 frases de 6 palavras certinhas (66)
+
3 frases onde se encaixam as outras que faltam (11).


O gato dorme enroscado no sofá
Lá fora a chuva cai, fria
Um dia triste, cinzento de inverno 
No conforto da casa lemos histórias 
- Qual livro podemos escolher agora, mãe? 
Pergunta o irrequieto e curioso bambino. 
Refugio-me na cozinha elaborando o lanche
Enquanto penso na história para ler
Que se adeque a este dia 
Eis que aparece o pequeno leitor 
Exibindo eufórico O Segredo da Floresta! 
E agora exaustos 
De histórias e brincadeiras
Estamos deitadinhos a sonhar!


Foto:Mafaldinha

http://77palavras.blogspot.pt/

Pela rua

Por estas ruas estreitas me abeiro de ti poesia 
Em cada esquina um sonho, em cada casa um lugar
De vida ou de sonho ou de fantasia.
Velhas vielas onde mil fadigas se escondem
E mil segredos são guardados
Com encontros bem marcados
E desgraçados os desencontros.
São ruas de histórias encantadas
E contadas aos serões nas outras ruas
onde do céu cinzento cai a chuva
Que escorre por entre as paredes
Despidas de cor, caiadas que foram de branco
Perdidas de revestimento numa triste melancolia
Que nem na morte nem na vida se alivia.
A mesma que num estranho entranhamento
de mim se possui deambulando sem rumo nem horizonte.



Foto:Mafaldinha


domingo, 20 de janeiro de 2013

Viagem

Viagem é um modo
de chegar
ao teu encontro
Para sonhar e respirar de novo a vida.

Agora que já me acordaste
E eu senti o brilho da esperança
Não deixes que morra esta luz
O encanto dos dias não termina assim
Quero programar uma nova viagem
Que termine apenas
No teu abraço.




Foto:Mafaldinha

sábado, 19 de janeiro de 2013

Inverno

Na mercê do dia
Sentei-me na janela do tempo
E contei as gotas da chuva a cair
Disse adeus ao vento em fúria
E abracei este corpo ausente de mim
No murmúrio dos silêncios
Entorpecido e frio como frias são todas as manhãs
De um inverno sombrio e triste
Numa tela de nuvens densas.
E a ferida viva transmutou
O sorriso interior numa lágrima
Nua e quente.

Foto:Mafaldinha

Bolachas de aveia

250 gr farinha de trigo sem fermento
150 gr de aveia
100 gr de açucar
3 ovos
100 gr de frutos secos ( usei: passas, avelãs, nozes, tâmaras ou ameixas, mas podem ser outras variedades a gosto)
uma colher de chá de fermento
100 gr de manteiga derretida
0,5 dl de leite morno
uma pitada de canela e de noz moscada

Picar os frutos na picadora e misturar com todos os ingredientes secos.
Juntar os ovos inteiros, um a um, e a manteiga e ligar tudo muito bem, acrescentando aos poucos o leite.
Eu amasso tudo com as mãos.

Aquecer previamente o forno a 180º. Untar um tabuleiro e forrar com papel vegetal. com uma colher de sobremesa ir dispondo pequenos montinhos de massa e achatar um pouco para moldar e dar um pouco a forma de bolachinhas.
Levar a cozer cerca de 15 minutos ou até estarem douradinhos.

Ficam muito suaves, pouco doces e muito fofinhas.
São deliciosas para o lanche, para crianças e para a lancheira da escola, pois que aguentam muitos dias mantendo o sabor fresco.

Bom apetite!



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013




Miguel Torga

12 Agosto de 1907 - 17 de Janeiro de 1995


"Nasci,
Como um cabrito 
Ou como um pé de milho

É debaixo do chão que me procuro

Desta terra sou feito
Fragas são os meus ossos, 
Húmus a minha carne

S. Martinho de Anta não é um lugar onde, mas um lugar de onde 
A terra onde nasci e de onde verdadeiramente nunca saí

Este meu apego ao berço já não é tanto um mistério de raízes como um refrigério de cicatrizes.
Tropeço em cada pedra, bebo em cada fonte, vou de anjo em cada procissão
O meu segredo é este: curo as chagas com pensos de terra, na beleza viril duma paisagem onde sempre me apetece parir ou morrer.

O destino plantou-me aqui e arrancou-me daqui. E nunca mais as raízes me seguraram bem em nenhuma terra."

Miguel Torga - Fotobiografia

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O número de ouro




Desafio de 77 palavras - a matemática

O número do ouro

Tudo na natureza
Tem harmonia
Mesmo a matemática
Em teoria
Há um número de ouro
E muita sabedoria
Voa numa espiral
Segue para infinito

Ninguém o compreende
mas é elementar
um problema matemático
de álgebra linear

Em busca da perfeição
usaram o número áureo
No pentagrama desenhado
Estudou o Leonardo

Em Pisa nasceu
Uma progressão divina
O livro ábaco escreveu
uma sucessão sucessiva

Até na flor do jasmim
Há o mistério irracional
da razão constante
E sagrada!



Foto:Mafaldinha -
a flor de jasmim também é considerada um número de ouro

O Número de Ouro é um número irracional misterioso e enigmático que nos surge numa infinidade de elementos da natureza na forma de uma razão

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Smile


Mesmo que a alma chore não deixes de sorrir
Não sabes se o teu sorriso vai florir na alma de alguém
Há sempre um outro que merece esse sorriso
Mesmo quando o não vê.

O sorriso sente-se na voz, na sua entoação carinhosa, na simpatia dos gestos.
Nem sempre é fácil,
É preciso coragem, firmeza e engolir as nossas próprias lágrimas
Mas tudo tem uma volta, como na estrada íngreme, quando chegamos ao cimo ela torna-se plana e tudo fica mais fácil quando se inicia a descida. Aprendamos a apreciar o caminho. Observemos as maravilhas que nos  são permitidas usufruir. Se fizermos da vida um caminho onde a toda a hora aprendemos novos percursos vamos conseguir sorrir, mesmo quando tivermos os olhos marejados de lágrimas.
Sorri, sorri muito!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Quando dói tanto até na alma dói



Por vezes a vida apresenta-se cheia de contrariedades, de tristeza, um novelo emaranhado que não sabemos que fio puxar e onde está sequer esse fio.

Poderão derivar de problemas profissionais, familiares, de saúde, passionais, etc. Todos passam por alguma destas situações ao longo da vida, quando não por todas mesmo e quantos por todas em simultâneo ou em catadupa. Há pessoas que enfrentam todos os problemas da vida sem uma queixa, sempre com um sorriso, sempre amáveis, como se alheados do mundo.

Outros ficam quase como que paralisados, sem energia, psicologicanente desfeitos.
Outros ainda refletem essa dor, esse mal estar na sua fisionomia, na sua conduta diária, sendo menos atentos, demonstrando menos paciência, quase sempre exasperados com tudo e com todos. 

Perde-se a esperança e a motivação para continuar, temos que ir procurar energia nova, sem sabermos onde. Procuramos aqueles que amamos e pensamos nos amar também. Mas muitas vezes é nestas horas que encontramos novas deceções, aqueles a quem buscamos não estão lá. 
Sentimos-nos os únicos no mundo a sofrer. O nosso problema ganha imensidão. Procuramos o silencio, mas o silencio também magoa. Procuramos uma palavra amiga, mas por mais amiga que seja não é a palavra certa, não é aquela a palavra que nos acalma.

Eu também não sou imune a estas situações e nesses dias gostaria de poder rasgá-los do calendário para não precisar enfrentar o mundo. Queria ficar embrulhada numa manta, sem pensar nem refletir, sem sentir dor, frustração, medo ou pena. Mas crescer é viver com o que nos traz amargura e acordar no dia seguinte sem lágrimas nos olhos.

Gostava de saber a palavra certa para estas situações, para com ela dar calma e alento aos que sei sofrem e para mitigar a minha dor. Não sei a palavra, nem sei se existe. Existe o afeto, a partilha e abraço apertado e profundo que mostram o que sentimos. Os olhos baços do brilho perdido e os ombros caídos pelo desânimo.

Como diz a minha priminha querida que tanto sofre neste momento: "se eu conseguisse transformar cada palavra que recebo em força, mas não consigo e não sei se aguento".
Vais aguentar, és uma rapariga forte e já deste provas da tua coragem e do teu valor como  filha. És extraordinária e saberás a cada momento mitigar a dor daqueles que amas e te lançam um olhar de súplica. 
Não desistas agora, na distância seguro a tua mão e o nosso calor abrandará a dor que tens na alma.
Vai ser tão dificil...



sábado, 12 de janeiro de 2013

Bacalhau com legumes

A cada entrada no novo ano ouvem-se e dão-se a conhecer novas iniciativas, projetos idealizados, novos caminhos a traçar. Raramente se concretizam e os conseguidos geralmente  não o são da forma imaginada. A vida dá muitas voltas e nós muitas vezes também somos pródigos em contrariar o destino. 
Também já fui de pedir imensas coisas, de imaginar imensos objetivos e já vivi muitas frustrações, saí de umas melhor que de outras, como tudo na vida.
Agora o que peço sempre é saúde para mim e para os que me são próximos, trabalho, harmonia e capacidade de me rodear de verdadeiros amigos, que de uma forma ou outra possam ajudar-me e eu a eles a mitigar as contrariedades e por vezes problemas que vão surgindo.
Espero conseguir levar mais longe o meu projeto de cada dia escrever melhor que no anterior, pois é uma capacidade que sei posso desenvolver sem grandes custos e que me traz uma tranquilidade tamanha.
Também quero continuar a cozinhar com ternura. Inventar novos sabores, novas misturas e com estas comidas confortar  quem comigo priva e aqueles que menos próximo de vez em quando podem também desfrutar destes mimos.

A ideia que hoje trago, pode não agradar a todos,  mas  uma alimentação saudável deverá fazer parte do nosso dia a dia.

Batata cozida com bacalhau couve penca (couve de Natal) e grão de bico cozido
Tudo regado com um bom azeite 

Bom apetite e um excelente sábado!


Foto:Mafaldinha


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dá-me essa lágrima molhada

Dá-me essa lágrima molhada
Que chora no teu rosto
E engoles dentro do teu peito

Não sei se me sinto só
Neste silêncio estridente de dor
Que vivo em ti
Queria estar no aconchego dos teus braços
Para escrever um poema
ausente que seja eu dele, pois
Amar-te é tornar-te parte dos meus versos.

E oferecer-te violetas ao olhar-te
É a forma mais profunda de gostar de ti

Não sei se me sinto só
Num manto de medos onde congela a ternura
Desse coração doce.
E ignorada de mim
Seja eu de novo o teu desejo
Ocupação da tua ternura vadia
Numa tarde mais triste que ali termina

Na noite que aí vem
Pedi-me uma lágrima emprestada e choramos juntas


Foto:Mafaldinha

sábado, 5 de janeiro de 2013

77 palavras com provérbios


Desafio: utilizando o provérbio Bom saber é o calar, até ser tempo de falar
construir um texto de 77 palavras.
Bom é tentar
Saber ou não saber
É sempre uma questão
O aprender a lição
Calar no momento certo
Até se nos dar razão
Ser uma consciência inquieta, viva e ativa, pois chegou o
Tempo de ser participativo, de nos mobilizarmos para o bem público, melhorar a condição humana dos que nos estão próximos.
De
Falar de felicidade obriga ser virtuoso na capacidade de criar harmonia ao nosso redor, ser firme nos propósitos e sensato nas decisões.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Amor

Fui ao cinema. Do filme sabia apenas duas coisas. Chama-se Amor e tem como atriz Isabelle Huppert. Não li a sinopse do filme, não vim ao youtube procurar o vídeo promotor nem procurei sobre atores, realizador ou língua em que foi produzido. Apenas procurei a hora e a sala de cinema mais próxima, como sempre. Para quê saber mais, o filme logo conta. E hoje ficar sozinha seria pior que ver um mau filme. Mas o filme é bom, belissimo! Muito bonito. Daqueles filmes que todos deveríamos ir ver. Não é para ver sozinho (eu vi) mas para levar quem poderá segurar a nossa mão. Procurar a mão do outro a meio do filme. Porque é preciso. Porque deveríamos saber segurar a mão do outro, muitas vezes. Aquela pessoa que chora em silêncio, que escolhemos para a vida, quem vive sob a nossa respiração. Nem sempre acontece, raramente acontece. E é pena...
A Isabelle nem sequer é a atriz principal, que é Emmnuelle Riva, atriz francesa e otogenária tal como George, o ator Jean Louis Trintignant, e o tema é o amor posto à prova em fim de vida. 
A relação com o sofrimento e a morte de quem mais se ama. 
É um filme intenso, dorido, sofrido, terno, cheio de encanto e de realidades de vida. É um filme que retrata o fim de uma vida bonita, corajosa e doce. É um filme para podermos chorar as nossas dores.




quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Perdi-me nos teus encantos e deixei o meu decote
na tua camisa. O teu perfume ficou no linho dos lençóis
E veio agarrado à minha pele. E o sol já adormece
Por entre os fumos da ilha em mágicas baforadas brancas.
Anda comigo ver o crepúsculo da nossa janela
E olhar a lua. Que é só nossa, como das outras vezes.

Quando a quilha desaparecer nas ondas do mar
Vou saber que hoje não regressas ao cais.
Assim me vou descontando dos dias de espera
E antes de adormecer invejo as lágrimas de orvalho
Que vão secar ao amanhecer. As minhas vão parar
No mar errante de cada página, onde o mareante sou eu.

Neste céu onde as palavras pararam ontem
Não vejo o teu rosto e leio palavras que sinto são minhas
Mas vejo os teus pés, que vieram para me encontrar
E quebrar a distância e o medo.
Tocar levemente as folhas, deixar que se abra como um livro
E conhecer esta côncava harmonia.




terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Anna Karenina


Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes são cada uma à sua maneira

Anna Karenina, realizado por Joe Wright conseguiu a liberdade absoluta na interpretação do romance clássico  (uma obra prima) de Leon Tolstoy. Por isso resulta num filme muito bonito de uma qualidade visual invulgar. A maior parte da história é filmada como se de uma peça de teatro se tratasse, tudo se passando num palco, ignorando a vastidão da Rússia.
Numa aristocrata sociedade da Rússia Czarista no final do século XIX Anna (Keira Knightley), casada com um funcionário do governo Alexei Karenin (Jude Law) é chamada para consolar a cunhada vitima das infidelidades do marido. Na viagem conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson) que passa a cortejá-la, e Anna que parece ter tudo para ser feliz, constata que vive presa num casamento onde lhe falta o brilho da paixão e o quanto a vida é vazia até se render ao impetuoso conde e ter de lutar contra as convenções sociais para viver esse romance.
É uma história de amor, e é muito bonita e sofrida, outra forma não há para alimentar o coração.