terça-feira, 25 de junho de 2013

Embriaguei-me de ti

Foi de ti que eu me embriaguei
Deixaste-me bêbada de amor e depois não sei se vacilei
Não me lembro ...
A memória, ficou também ela enevoada de tanto néctar
Desse que destilas sem saber, e no qual colocas o sabor do mel e do grão de trigo.
Na minha pele se foi entranhando, como na vindima as grainhas no mosto,
Agora, é tarde demais,
Deixaste-me de ressaca do vício ou da virtude e ambos precisam de alimento,
Que nem sempre o tempo traz, nem o vento leva nas asas do desejo
E lembro ainda ...
E nada atenua este frémito, este torpor
Que na lucidez perturba e ensandece
Volto para me embriagar, desta vez de versos e de poesia
Com cheiro a madressilva e a cidreira, a mar e a saudade.
Embriaguei-me de ti.

Foto:internet



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