Toda ela cabe num estendal, de roupa branca na varanda
escondendo amores puídos, ou revelando outros martírios
Lisboa é o eléctrico que sobe a calçada
de encontro à madrugada dos amantes
Para na espuma do rio sonharem novos instantes
de encantamento e deslumbramento
Seja no cais das colunas seja no cais de Sodré
E nos braços que não de prata tombarem
formando uma liga por fusão ou mesmo oxidação
Lisboa vai a Oriente, gaiata de chinela no pé
para nos jardins envoltos em mistério viver a vida que vida é
Brilha dourada pelo sol, vagarosa e lânguida
E se no céu escorrerem nuvens
são testemunhas silenciosas dos gritos das gaivotas
Fotos: internet |
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