sexta-feira, 28 de junho de 2013

Olhares

Pela janela do comboio olho, e és tu quem me acena de lá
Nos campos de arroz alagados de seiva cultivada
em que me miro e procuro um pouco de ti
E do nada recebo tudo
A dor da ausência inveja o que não tem
Deixa-me esperar, mesmo que não venhas
E exaurida de tanta espera adoecer de amor.
Assim há sempre desculpa para sentir o que se sente
e até no doce balançar da carruagem imagino a viagem no tempo
reviver não é passado, é transportar para o presente o que do presente almejamos


Maça de junho
Foto:Mafaldinha




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